Translate

quinta-feira, 30 de abril de 2020

Sommelier - Vinho Tinto "Viúva Gomes", 2006

Viúva Gomes
Viúva José Gomes da Silva & Filhos, Colares, Tinto, 2006

Ramisco de Colares, plantado no chão de areia na minúscula região de Colares, produz vinhos com um estilo muito próprio que aguenta bem o tempo de garrafa, aliás, precisa mesmo deste estágio para domar os seus taninos vigorosos. Este mostrou-se bastante bem com 13 anos de idade. De cor granada com laivos acastanhados. Aroma de cereja em maceração, caroço de cereja, apontamento de guache e madeiras exóticas, com volátil perceptível. Tanino ainda bem presente, acidez a mandar na prova de boca, corpo leve. Vinho com nervo e garra, com uma rusticidade que faz parte do estilo, muito gastronómico na sua essência. Final fresco com sabor a cereja.


VIÚVA GOMES
Região
Lisboa

Produtor
Viúva José Gomes da Silva & Filhos

Tipo
Tinto

Ano
2006

Grau
12.0º

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Receita - Pintxo de Luinguiça e Ovo Codorna

Pintxo de Luinguiça e Ovo Codorna 

Apresentamos uma excelente forma de abrir o apetite dos seus convidados.
A prova de que com uma proposta muito simples e de rápida confeçao é possível surpreender as pessoas e faze-las "chorar por mais".
Confie nos aromas e nas cores desta iguaria e deixe o sabor da linguiça portuguesa, a magia do nosso forno e os ovos de campo dar o mote para uma excelente refeiçao, de preferência com amigos.

Ingredientes:
2 Linguiças finas
Azeite
Salsa
6 Ovos de codorna

Pão tipo baguete
Palitos

Modo de preparação:
Corte as linguiças em pedaços e frite as com um pouco de azeite.
Depois frite os ovos de codorna.
Corte a baguete em fatias e monte seu pintxo: coloque primeiro um pedaço de linguiça, depois o ovo
frito por cima, salsa e prenda com o palitinho (pintxo).

Ou, poupe-se ao trabalho, e venha desfrutar, desta deliciosa receita, no Iberian Deli Wine Bar

Pronto a servir!

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Sommelier - Aguardente "Adega de Borba Bagaceira Velha"

Adega de Borba Bagaceira Velha
Adega Coop. de Borba, Alentejo, Aguardente
12.99€* *PVP indicado pelo produtor

Estagiou 24 meses em barricas A cor revela-nos o estágio em madeira, o aroma apresenta-se muito limpo, com as características notas do bagaço mas aqui amaciadas pela madeira Corpo ligeiro, final macio.

ADEGA DE BORBA BAGACEIRA VELHA
Região

Alentejo

Produtor
Adega Coop. de Borba

Tipo
Aguardente

Grau
40.0º


Receita - Presunto com Melão

Presunto com Melão


Há uma grande variedade de petiscos e entradas simples que se preparam num instante e que o transformarão no anfitrião perfeito.

Ingredientes:

1/2 melão
4 fatias presunto cru
8 ramos de alecrim

Modo de preparação:

Corte o melão ao meio. Retire as sementes e com a ajuda da colher faça 12 bolas. Reserve 8 inteiras e as 4 restantes, corte-as ao meio (serão a base do espeto). Corte o presunto cru em 4. Em cada pedaço, faça o efeito de zig-zag. Os ramos do alecrim serão os espetos. Retire então algumas folhas (cerca de 3/4).

Montagem: presunto cru + bola inteira de melão + presunto cru + metade da bola melão (a parte reta para baixo). Repita a operação até formar os 8 espetos.

Ou, poupe-se ao trabalho, e venha desfrutar, desta deliciosa receita, no Iberian Deli Wine Bar

Pronto a servir!

segunda-feira, 20 de abril de 2020

Sommelier - Vinho Tinto "Marqués de Riscal Rioja", 2012

Marqués de Riscal Rioja
Los Heredos de Marqués de Riscal - Imp Vinalda, Espanha, Tinto, 2012
39.99€* * PVP indicado pelo produtor

Tempranillo (78%) e “otras”. Pirasina bem colocada, vegetal seco, fruta madura, laivos de ginja e tostados da madeira. De grande estrutura, complexo e elegante, invoca especiarias e chocolate negro, bons taninos agrestes, mostrando que está ainda muito jovem. Amplo e longo, com carácter, um vinho que impacta.


MARQUÉS DE RICAL RIOJA
Região

Espanha

Produtor
Los Heredos de Marqués de Riscal - Imp Vinalda

Tipo
Tinto

Ano
2012

Grau
14.5º


domingo, 19 de abril de 2020

Receita - Bolinhas de Linguiça

Bolinhas de Linguiça


Boas histórias e muitas risadas... Se reunir com os amigos é sempre um bom programa para o final de semana ou feriado. Para que o momento ganhe um sabor especial, nada melhor do que acrescentar-lhe comida caseira e muito saborosa, certo? Segue a nova receita de petisco.

Ingredientes:

500 g farinha sem fermento
 2
ovos inteiros
 ½
cháv. chá leite
 
125 g margarina mole
 
2 c. chá fermento em pó
 1
c. sobremesa sal fino
 
12 linguiças finas
 
1 gema de ovo para pincelar

Modo de preparação:

Na taça da batedeira, deite a farinha, o sal e o fermento.
Com a batedeira em andamento, junte a manteiga. Misture bem até obter uma espécie de massa areada. Sempre com a batedeira em andamento, junte os dois ovos batidos. Por fim, adicione à taça, o leite. Continue a amassar a massa até que a mesma se despegue da taça e forme uma bola. Deixe repousar 10 minutos.

Corte as linguiças em fatias com aproximadamente 1 cm. Depois da massa repousada, comece a moldar as bolinhas. Pegue numa pequena porção de massa, abra-a e coloque uma fatia de linguiça do centro. Feche a massa em forma de bola, enrolando entre as mãos. Vá dispondo as bolinhas num tabuleiro de forno, forrado com tapete de silicone ou com papel vegetal. Pincele cada bolinha com ovo batido.

Leve as bolinhas ao forno, até que fiquem douradas, aproximadamente  20 minutos.


Quando estiverem no ponto desejado, retire-as do forno e deixe-as arrefecer sobre uma grelha.


Ou, poupe-se ao trabalho, e venha desfrutar, desta deliciosa receita, no Iberian Deli Wine Bar

Bom Apetite!

sábado, 18 de abril de 2020

Vinhos - Espumante

Afinal qual é o termo correto - Espumante ou Champanhe?

E será que terei de esperar por uma data festiva - aniversário, passagem de ano, ou casamento para provar um espumante/champanhe?



   De facto, parece que a bebida das bolhinhas, que tem um ritual muito particular e engraçado no momento de ser servida, gera alguma controvérsia. Seja pelo facto de ser presença obrigatória na comemoração de algum acontecimento, seja por estar identificada com alguma "pompa e circunstância" revelando o seu estatuto de talismã.

   A controvérsia surge logo na origem do Champanhe, nomeadamente a quem se atribui o mérito da plantação das vinhas das quais resultam as magnificas uvas que, através de um processo de vinificação, se elabora a tão afamada bebida, normalmente servida num elegante copo de pé alto e gargalo estreito.

   O relevo das façanhas dos romanos e a sua contribuição na plantação das vinhas da região d Champagne-Ardenne, no norte de França, entra em contradição com a existência de alguns documentos que referem o vinho que já por ali se fazia desde à muito tempo. No entanto, uma coisa é certa - a cidade mais importante de Champagne é Reims e é onde está situada a Catedral de Notre Dame de Reims, local onde a maioria dos reis de França foram coroados. E como não poderia deixar de ser, devido à proximidade de vinhas com uma qualidade superior, as celebrações eram regadas com o vinho, o tal das bolinhas, que por alí se fazia à já algum tempo - daí ser o vinho dos reis.

   Por influencia, não de uma Catedral, mas de uma Abadia, a igreja também contribuiu para o aprimoramento do Champanhe, tal como o conhecemos hoje em dia. 

   Realmente a Igreja Católica tinha, em plena Idade Média, uma vasta porção de território em seu domínio, seja pelo facto de os nobres, detentores de terras, doarem os seus domínios à santíssima Igreja antes de morrerem como forma de pagarem pelos seus pecados e garantirem um lugar no céu. Seja por, antes de irem para batalhas ou peregrinações, deixarem em herança as suas posses à Instituição Sagrada para salvaguardarem a sua consciência no caso de padecerem em viagem ou batalha.

   Dom Pérignon, monge beneditino na Abadia de Hautvillers, em 1670, dedicou-se ao estudo da produção de Champagne, com o objetivo de o melhorar e, neste sentido, identificou os 5 elementos fundamentais para que esta bebida se aprimorasse até aos dias de hoje. Eles são:
  1. Misturar uvas de diferentes partes da região, para o harmonizar;
  2. Como eram as uvas negras, por exemplo Pinot Noir, que predominavam na região, resolveu fazer os processos de separação e prensagem das uvas em separado, obtendo exclusivamente o sumo de uva de cor cristalina;
  3. O desenvolvimento de garrafas de vidro mais espessas para aguentar de forma mais eficiente a pressão resultante da segunda fermentação;
  4. A utilização de rolhas de cortiça, em substituição de pauzinhos de cânhamo humedecidos com azeite;
  5. A construção de adegas profundas, em subsolo, para garantir o repouso e envelhecimento do Champanhe com as condições perfeitas - escuridão e temperatura fresca constante.
   A região de Champagne foi delimitada em 1927 e está protegida pela legislação por se tratar de uma AOC, que é a Denominação de Origem mais rigorosa em França. O que faz com que todos os vinhos com a designação de Champagne tenham de ser originários, obrigatoriamente, desta região, caso contrario, constitui uma fraude e é punível em tribunal arbitral, sujeito a um pagamento de indemnização ao produtor lesado.
   
   Como tal, todos os vinhos que são produzidos fora da região de Champagne, segundo o método champenoise, são denominados Espumantes.

   Em Portugal, os pioneiros na produção de Espumante surgiram, ainda no séc. XIX, no Douro, na Bairrada e em Castelo de Vide. Ainda que hoje a produção esteja concentrada maioritariamente em Lamego (Raposeira e Murganheira) e na Bairrada (Aliança, S. João, S. Domingos, Montanha, Messias e Primavera)

    Atualmente a produção de Espumante é pratica difundida por todo o território nacional, acompanhando a desmistificação de que o Espumante é só para ocasiões festivas e para quem têm posses económicas. Realmente, tal como existem Espumantes para acompanhar todos os tipos de iguarias ou momentos, também existe uma amplitude de preços que permite a aquisição desta tipologia de bebida para todos os orçamentos.

   Prova de que os hábitos não são para ser seguidos à regra e de que é importante experimentar para descobrir novos sabores que podem resultar em combinações perfeitas e apostas ganhas são os seguintes factos:
  • Tradicionalmente, em França, serve-se o Champagne como aperitivo, ou seja antes da refeição. Ainda que este possa acompanhar a entrada, parto principal e a sobremesa, não havendo nada de errado nisso;
  • No entanto, no Élysée, palácio oficial do governo francês, o champanhe é servido depois dos jantares com representantes de outros países, ou seja, durante a sobremesa.

sexta-feira, 17 de abril de 2020

Presunto de Pata Negra

   O presunto de Pata Negra é produzido no sul da região ibérica, tanto em Portugal como em Espanha, nas províncias de Beja, Évora, Salamanca, Huelva, Cáceres, Badajoz, Córboda e Sevilha.

   É proveniente da raça de Porco Preto Ibérico. A qualidade do presunto depende da pureza da raça e do tipo de alimentação. Os melhores, vêm dos porcos que são criados ao ar livre, com livre extensão e que são alimentados com muita bolota. Na alimentação, a presença de bolota faz com que o presunto seja rico em ferro e zinco, importantes para a prevenção de anemia.

   O processo de cura poderá demorar entre 8 e 36 meses dependendo do tamanho da peça, sendo que quanto maior for a peça, maior é o tempo de cura.




   O presunto deve ser servido num prato ou numa travessa, cortado em lascas muito finas para ser apreciado no seu expoente máximo. Tradicionalmente, prepara-se com pão e pode-se adicionar tomate e azeite. Poderá ser consumido com um copo de vinho a acompanhar para melhor proveito.
 
   Deverá ser conservado pendurado, num local seco e fresco.
 
  Venha desfrutar de saborosa fonte de proteína no Iberian Deli Wine Bar

- Presunto Pata Negra Ibérica 50% Bolota - 4.10€/dose
- Presunto Pata Negra Ibérica 100% Bolota - 10.40€/dose 

quarta-feira, 15 de abril de 2020

Vinhos - Denominação de Origem Cava

 Cava é uma denominação de origem protegida, caracterizada pelo vinho de tipo espumante, produzido segundo o método tradicional  - método champenoise, na região que o conselho regulador definiu como Región del Cava: formada por um total de 159 municípios nas seguintes províncias:

  • Barcelona - 63
  • Tarragona - 52
  • La Rioja - 18
  • Lleida - 12
  • Girona - 5
  • Álava - 3
  • Zaragoza - 2
  • Navarra - 2
  • Badajoz - 1
  • Valencia - 1

   O vinho espumante que hoje é conhecido como Cava, é resultado da influencia do champanhe francês, introduzido na região da Catalunha aquando da ocupação do exército francês entre 1823 e 1827.

   Através das investigações de Luis Justo Villanueva no Instituto Agrícola Catalán de San Isidro começa-se a definir oficialmente a forma de produzir um vinho com características bastantes semelhantes ao produzido na região de Champagne, uma vez que tanto o processo de elaboração do vinho, como as castas das uvas presentes nele eram francesas. Conforme está indicado no livro De l'aiguardent al cava, escrito por Josep Colomé Ferrer.

   No entanto, em 1887 é quando se dá a primeira aparição de filoxera em Girona, região da Catalunya, devastando praticamente todas as vinhas. Consequentemente, houve a necessidade de se replantar as vinhas, ainda que, por intermédio de um plano de reconversão e reestruturação, se tenha investido na introdução de castas brancas autóctones. É esta decisão que irá permitir o desenvolvimento do vinho espumante que já era fabricado nestas regiões com uma personalidade própria e características que o distinguem do seu modelo de inspiração - Champagne.

   Com o desenvolver da produção e o aumento da rivalidade entre Espanha e França, devido à crescente popularidade do espumante espanhol que concorria em mercados semelhantes ao dos produtores franceses, estes criaram uma Denominação de Origem Protegida que impedia vinhos espumantes elaborados fora da região delimitada de Champagne de se poderem intitular com esta designação.

   Desta forma, surge a necessidade de se constituir o Conselho Regulador de Vinhos Espumantes que aprova a denominação de Cava, que é inspirado no local onde estes vinhos eram fabricados e passavam pelo processo de amadurecimento. Pondo um ponto final ao conflito entre produtores de ambos os lados da fronteira que rivalizavam pela conquista de mercado e popularidade da marca ue defendiam.


   A escolha das castas é fundamental para que resulte um Cava interessante ao paladar, visão e olfato do consumidor. A diversidade de Cavas é resultado de um conjunto de fatores, influenciados pelo terroir, ou seja, geologia, topografia, drenagem, clima, microclima, intervenção humana, cultura, tradição e história, resultando um produto único que é percetível quando abrimos a garrafa.

   Um Cava tradicional aplica o seu método às variedades de castas autóctones de Penedès, sendo que cada casta, pelas características que aporta, contribui de forma diferente, sendo da responsabilidade do enólogo a ligação entre as várias castas para que resulte um vinho harmonioso e equilibrado:
  • o macabeo - doçura e bouquet aromático
  • a parellada - frescura, delicadeza e aromas
  • o xare.lo - corpo e estrutura
   É portanto, a partir destas castas, entre outras, que se elaboram o vinho de base, que segue os mesmos processos do vinho de mesa. E, posteriormente passa por uma segunda fermentação, devido à adição de vinho branco, açucares e leveduras que contribuem, através do processo de fermentação, para o surgimento do dióxido de carbono e de aromas singulares.

   Em seguida, as garrafas entram em caves (Cavas) escuras e silenciosas, onde ficam, no mínimo nove meses, a repousar na horizontal.

   Como, após a fermentação, ainda existem vestígios de leveduras e impurezas, é necessário que todos os dias se mova a garrafa - na medida de 1/8 de volta e ao mesmo tempo aumentando a inclinação.

   O objetivo é concentrar todos os sedimentos no gargalo da garrafa, para que quando o processo de "removido"esteja concluído ("em punta"), se tire a rolha e com a pressão, saí uma pequena quantidade de espuma, levando com ela todos os sedimentos depositados à superficie do gargalo - "degollamiento"




segunda-feira, 13 de abril de 2020

Receita - Ovos com Alheira

Ovos com Alheira

Esta receita é uma excelente e saborosa entrada, podendo ser acompanhada com tostas, pão ou simplesmente saboreada sozinha...


Ingredientes:

100 g Alheira de caça
2 Dentes de alho
4 Ovos classe L
q.b Salsa
1 c. chá sal

Modo de preparação:

Alheira, coloque uma frigideira ao lume com a alheira sem pele e os alhos picados.

Esmague a alheira e deixe saltear cerca de 5 minutos.

Bata os ovos com a salsa picada e o sal e introduza-os na frigideira, deixando saltear um pouco.

Bom Apetite!

sábado, 11 de abril de 2020

Queijo da Serra da Estrela

   O Queijo Serra da Estrela é o mais antigo e mais conhecido queijo de ovelha de Portugal. É produzido na região da Serra da Estrela, onde se encontram as ovelhas de raça "Serra da Estrela" e as "Churra Mondegueira" que são as de melhor capacidade leiteira. Em 1996, a União Europeia atribuiu à raça Denominação de Origem Protegida (DOP).

    As ovelhas pastam livres nos campos existentes na serra e os queijos são produzidos de forma tradicional, sempre com mesmos rituais que têm centenas de anos. Os pastores escolhem os melhores campos com as melhores ervas para os rebanhos, que saem de de manhã e são recolhidas à noite.

   O queijo sempre da mesma ordenha, produzido no Inverno, nas casas frias de granito da região e coalhado quando entra em contacto com o sal e flor do cardo da região, curado entre 60 e 120 dias, são alguns rituais que fazem o queijo ser especial e com a qualidade desejada.

Em 2011, foi considerado uma das 7 Maravilhas Gastronómicas de Portugal.





   O processo de obtenção do Queijo Serra da Estrela DOP inicia-se com a ordenha manual das ovelhas, depois o leite é filtrado através de panos brancos, aquecido até aos 28-32ºC e salgado. Adiciona-se a este a flor do cardo Cynara cardunculus (cerca de 0,2 a 0,3g), previamente moída com sal.

   Passado 45 minutos é realizado o corte manual da coalhada e é filtrado novamente, de forma a remover o soro restante.

   Uma vez ocorridas as etapas de moldagem, Posteriormente é prensado e salgado novamente.


   A fase da maturação ocorre duas vezes com tempo mínimo de 60 dias.




   A Serra da Estrela situa-se no centro de Portugal e é uma cadeia montanhosa onde se encontra o ponto mais alto de Portugal Continental, a Torre. É nesta porção de território que se encontra o Parque Natural Serra da Estrela, maior área protegida em solo português. É a única região com neve em Portugal. Existem mais de 300 quilómetros de trilhos onde se podem observar as mais belas paisagens que as montanhas oferecem. Três rios nascem nesta serra: o Zêzere, o Alva e o Mondego.






   Este tipo de queijo pode ser encontrado no Iberian Deli Wine Bar:
- Queijo da Serra da Estrela Amanteigado (18,50€/Kg)
- Queijo da Serra da Estrela Velho (18,50€/Kg)



Sommelier - Vinho Verde "Deu la Deu", 2016

DEU LA DEU
Adega Coop. de Monção, Vinho Verde Monção e Melgaço, Branco, 2016
14.00€* *PVP indicado pelo produtor


É um Alvarinho de perfil maduro, com fruta muito expressiva, pêssego, laranja e flor de de laranjeira, intenso mas ao mesmo tempo muito elegante e rico. A boca untuosa revela notas de ameixa branca e clementina, muita harmonia e presença num excelente exemplar da casta.


Deu la Deu

Região

Vinho Verde

Produtor
Adega Coop. de Monção

Tipo
Branco

Ano
2016

Grau
13.0º

quarta-feira, 8 de abril de 2020

Notícia - A Gastronomia Ibérica e o Guia Michelin

"A gastronomia ibérica está segura das suas raízes e do caminho a seguir"


Esta foi a frase proferida pelo chef Angél León, na véspera da apresentação do Guia Michelin, em Sevilha.


   A Península Ibérica, maioritariamente divida por Espanha e Portugal, mas também por Andorra e Gibraltar, incluindo pequenas parcelas de território de soberania francesa a norte dos Pirenéus, tem 580.000 km2, sendo a segunda maior península do continente europeu. É apenas ultrapassada, em dimensão, pela península Escandinava, e, em população, pela península Balcânica.

   Os seus pontos mais extremos são: a ocidente o Cabo da Roca, a oriente o Cap de Creus, a sul a Ponta de Tarifa e a norte a Estaca de Bares. Todos estes pontos têm em comum a água, seja pelo Oceano Atlântico, seja pelo Mar Mediterrânico.

   Daí que o chef Angél León, no seu restaurante "Aponiente", detentor de três estrelas Michelin , localizado em Cádiz no sul de Espanha, tenha a Baía da cidade como inspiração e o Oceano Atlântico e o Mar Mediterrâneo como influência na sua carta.

   O chef que é o responsável pelo jantar da gala de apresentação do Guia Michelin Espanha e Portugal 2020 defende que "os grandes" cozinheiros portugueses e espanhóis são "defensores da tradição" ibérica e "grandes amantes" dos produtos autóctones. 

   Sobre o estado da gastronomia em Portugal, Angél León fez referência a Henrique Sá Pessoa, proprietário do restaurante Alma, em Lisboa, e ao austríaco Hans Neuner que é o responsável pelo restaurante Ocean, no Algarve. Ambos possuem duas estrelas Michelin e "representam essa nova cozinha portuguesa com personalidade atlântica, defensores dos peixes e mariscos locais".

   Neste jantar, que serve de mote para a apresentação da próxima edição do Guia Michelin da Península Ibérica, os cerca de 500 convidados, têm a oportunidade de provar os pratos confecionados por oito chefs andaluzes, incluindo Angél, no histórico Casino da Exposição, inaugurado em 1929, aquando da exposição Ibero-Americana.

   Esta gala têm um significado especial uma vez que comemora também os 110 anos do lançamento Guia Michelin Portugal e Espanha, "o que implica uma maior responsabilidade e respeito" por parte dos oito cozinheiros que têm a liberdade/responsabilidade de decidir quais são as suas propostas gastronómicas.

   Segundo o chef, "a Andaluzia está num momento gastronómicamente sublime e que uma gala tão importante se realize aqui é algo que nos faz orgulhar e mostrar o nosso melhor". Por isso mesmo, espera "uma chuva de estrelas para a cozinha de qualidade" 

   A Guia Michelin tinha anunciado recentemente que 2020 seria um "ano excecional" para a gastronomia de ambos os países, com um "crescimento em todas as categorias", especialmente na atribuição de uma estrela.

   Situação atual do Guia Michelin em Portugal e Espanha:


   Portugal 
  • 20 restaurantes com 1 estrelas ("uma cozinha de grande fineza, compensa parar");
  • 6 restaurantes com 2 estrelas ("uma cozinha excecional, vale a pena o desvio");

   Espanha
  • 170 restaurantes com 1 estrela ("uma cozinha de grande fineza, compensa parar");
  • 25 restaurantes com 2 estrelas  ("uma cozinha excecional, vale a pena o desvio");
  • 11 restaurantes com 3 estrelas ("uma cozinha única, justifica a viagem") 

   O Guia Michelin é um guia de referência, publicado pela primeira vez em 1900 por André Michelin , com o objetivo de  promover o turismo para o crescente mercado automobilístico.

   Está presente na maioria dos países europeus e nas principais cidades do mundo, premiando os melhores restaurante, através de uma classificação de uma até três estrelas. 

   Por se tratar do guia mais respeitado do mundo, representa o sonho ou o pesadelo de qualquer chef de cozinha, visto que a atribuição de uma estrela significa a ascensão do restaurante e dos seus profissionais, assim como a perda de uma delas pode conduzir a uma tragédia, como aconteceu com o chef Bernard Loiseau que se suicidou em Fevereiro de 2003, aos 52 anos, devido à ansiedade provocada por um rumor de que o seu restaurante iria perder as três estrelas que possuía.

   Assim, há quem lute incansavelmente por conseguir a tão afamada estrela, como há quem não as queira, como é o caso do restaurante português "Henrique Leis", em Almancil, que comunicou, por intermédio do seu chef, com o mesmo nome, que pretendia abdicar da estrela que detinha à 19 anos, alegando cansaço e autonomia para desenvolver outros interesses.



segunda-feira, 6 de abril de 2020

Sommelier - Vinho Verde " Anselmo Mendes Curtimenta" 2016

ANSELMO MENDES CURTIMENTA
Anselmo Mendes Vinhos, Vinho Verde Monção e Melgaço, Branco, 2016
24.00€* *PVP Indicado pelo produtor

O mosto permaneceu 12 horas em fermentação com as películas da uva. Revela-se muito complexo e rico, com aromas e sabores de casca de citrinos, leve nota amarga de tanino, especiarias, ervas aromáticas. Encorpado e sólido, alia carácter e elegância de forma invulgar, resultando vigoroso, mas fino, de vincada personalidade no final impactante e de grande persistência. Um vinho para crescer na garrafa.


Curtimenta Alvarinho 2016 - Garrafeira 5 Estrelas
Anselmo Mendes Curtimenta

Região
Vinho Verde

Produtor
Anselmo Mendes Vinhos

Tipo
Branco

Ano
2016

Grau
13.0º

domingo, 5 de abril de 2020

Receita - Tortilha de Batata

   Quando pensamos em Tortilha de Batata, vêm-nos imediatamente à ideia - Espanha. Por se tratar de uma iguaria amplamente difundida em território espanhol, mas também nos países hispânicos. 

   Independentemente da cidade espanhola que visitemos, cada uma com as suas características, história e hábitos próprios, de uma coisa podemos ter a certeza - iremos seguramente ter a oportunidade de provar a tão famosa tortilha.


   A receita é simples e invariável, ainda que os métodos de confeção variem, mediante os gostos, experiência ou tradição de quem a cozinha, no momento de adicionar este ou aquele ingrediente, de cortar a batata desta ou daquela forma, ou mesmo na escolha da frigideira ideal que permita resultar uma tortilha com a forma e textura perfeita.


  

    A Origem


   A origem, desta iguaria que se tornou patrona da gastronomia espanhola, é inexata. No entanto, no decorrer de investigações levadas a cabo por alguns historiadores e entusiastas da gastronomia hispânica, foi possível identificar alguns documentos antigos que revelam ou, pelo menos, sinalizam a possível origem da receita que perdurou até hoje, fazendo parte do livro de receitas presente na casa de qualquer família espanhola.

   
   O primeiro documento que fazia referência à dita iguaria, data de 1817, é dirigido às Cortes de Navarra para informar os governantes da condição precária em que viviam os habitantes de Pamplona - "dos o tres huevos en tortilla para cinco o seis, porque nuestras mujeres la saben hacer grande y gorda con pocos huevos mezclando patatas, atapurres de pan u otra cosa".

   Outra teoria, sugere que o general Tomás de Zumalacárregui, durante a Primeira Guerra Carlista (1833 - 1840), com o objetivo de saciar a fome das suas tropas, inventou a Tortilha de Batatas, por se tratar de uma refeição simples e nutritiva.

   
   Há ainda quem defenda que o mérito se deva atribuir ao chef  belga Lancelot de Casteau, que trabalhou nas cozinhas de três bispos de Liège, e publicou a receita da Tortilha em 1604.

   Ainda assim, no livro "La Patata en España. Historia y Agroecología del Tubérculo Andino", escrito por Javier López Linaje, membro do Conselho Superior de Investigações Científicas espanhol, defende que a origem da Tortilha de Batata provém da região da Extremadura, nomeadamente de Villanueva de la Serena, no século XVIII. A tese é sustentada através de documentos que fazem referência à Tortilha de Batata nesta localidade em 1798, atribuindo a sua invenção a Joseph de Tena Godov e ao Marquês de Robledo



   A Receita

Ingredientes:

  • 10 Ovos normais
  • 1 kg de batatas galegas
  • Azeite virgem extra
  • 1 Cebola grande (opcional)
  • Sal q.b.
Passos:
  1. Descascar, lavar e, muito importante, secar as batatas;
  2. Cortar em laminas semifinas ou, há quem prefira, cascar a batatas em pequenas tiras;
  3. Escolher uma frigideira grande e anti-aderente, depositar uma quantidade de azeite generosa e colocar ao lume;
  4. Introduzir as batatas na frigideira e deixar durante, aproximadamente 20min em lume brando
  5. Enquanto as batatas estão ao lume, escolhemos um recipiente para bater os ovos e, posteriormente depositar as batatas;
  6. Descascar a cebola e cortar o mais fino possível;
  7. Noutra frigideira, aquecer outra dose de azeite e acrescentar a cebola até ficar dourada/caramelizada;
  8. Como a cebola estará pronta antes das batatas, devesse retirá-la e escorrer o azeite, acrescentado-a posteriormente ao recipiente que contém os ovos batidos;
  9. Nesta fase as batatas já estarão prontas, como tal à que retirá-las da frigideira e secá-las, o melhor possível, em papel absorvente;
  10. Juntar as batatas ao recipiente, com os ovos batidos e a cebola, e esperar durante 15min para que os sabores se unam na perfeição;
  11. Na mesma frigideira em que foram fritas as batatas, escorrer o azeite e juntar a mistura presente no recipiente, após os 15min de repouso;
  12. Para que a tortilha fique suculenta, espere somente 4min e, acrescentando um prato que cubra na totalidade a frigideira, dê a volta á mesma e espere, novamente, 4min. Esta fase é crucial para que a tortilha fique com a forma desejada, sendo que, para tal, é importante que com a ajuda de uma espátula corrija as bordas da tortilha, ficando com a superfície lateral completamente redonda;
  13. Após os 4min, volte a colocar uma prato, do mesmo tamanho, limpo e está servida.
 Leve à mesa e deixe que cada um corte a fatia com o tamanho que desejar. Ou corte previamente na vertical e na horizontal, colocando palitos em cada um dos quadrados para que seja mais fácil retirar a porção desejada.



Ou, poupe-se ao trabalho, e venha desfrutar, desta deliciosa receita, no Iberian Deli Wine Bar
Bom apetite!

sexta-feira, 3 de abril de 2020

Símbolos de Portugal - Eléctrico de Lisboa

   Os eléctricos fazem parte da moldura de Lisboa. A cidade é conhecida pelos seus "pequenos comboios" amarelos que sobem e descem as colinas da cidade, levando com eles pessoas de todas as gerações e nacionalidades, com diferentes propósitos e destinos.
   A rede de eléctricos está integrada na empresa de transportes públicos Carris.

Total de carreiras - 6
Distância total das carreiras - 31 Km
Total de condutores - 138
Total de veículos - 63

Curiosidades:
  • Os condutores dos eléctricos são denominados guarda-freios;
  • A frota é constituída por 45 eléctricos remodelados (os mais conhecidos), 10 articulados (os mais recentes) e 8 históricos ligeiros (os mais antigos, de cor vermelho/grená);
  • Todas as carreiras prestam serviço na área metropolitana de Lisboa, à exceção da carreira 15E, que tem como destino Algés, servindo o município de Oeiras;
  • A rede que alimenta os eléctricos tem uma medida invulgar, que por essa razão é utilizada em poucos sistemas de transporte, a nível mundial. A natureza da rede é em bitola reduzida de 900mm, sendo a cidade de Linz a única rede urbana a utilizar o mesmo sistema de rede em transportes, como é o caso do eléctrico;
  • A alimentação da rede é de 600V em corrente contínua.

As carreias, atualmente, ao serviço dos lisboetas são:

12E: Socorro - Martim Moniz
15E: Praça da Figueira - Jardim de Algés
15E: Jardim de Algés - Praça da Figueira
18E: Caís do Sodré - Belém
18E: Belém - Caís do Sodré
24E: Praça Luís de Camões - Campolide
24E: Campolide - Praça Luís de Camões
25E: Campo de Ourique (Prazeres) - Praça da Figueira
25E: Praça da Figueira - Campo de Ourique (Prazeres)
28E: Martim Moniz - Campo de Ourique (Prazeres)
28E: Campo de Ourique (Prazeres) - Martim Moniz

O famoso eléctrico 28

   O seu trajeto inicia-se no Largo Martim Moniz, em pleno centro histórico da cidade de Lisboa, e segue em direção ao bairro da Graça, continuando até à Igreja de São Vicente de Fora. Prosegue a viagem, através de ruas estreitas, largos pitorescos e fachadas que contam a história medieval da cidade, até Alfama.

   No miradouro do Largo das Portas do Sol, a vista sobre a cidade e o calor, transmitido pelos raios de sol a refletir sobre as águas do rio, permite ao viajante seguir viagem até ao seu destino de cara lavada e com a certeza de que o paraíso é aqui, na Terra. Esta localização é também estratégica, no sentido em que, das Portas do Sol, se chega facilmente ao Castelo de São Jorge.

   O eléctrico segue o seu percurso em direção à Baixa Pombalina, passando ao lado daquela que é a sede do Patriarcado de Lisboa, mas também uma verdadeira testemunha da conquista da cidade aos mouros, protagonizada pelo fundador de Portugal - Dom Afonso Henriques. Pelo que começa a descer pela requisitada Rua da Conceição, onde o comercio tradicional  e os hábitos citadinos se fazem marcar, bem do jeito português.

   O Chiado é o bairro que se segue e, com ele, novas dinâmicas, arquitetura, decorada com pequenos frisos Art Nouveau, e comércio se vislumbram. De facto, tratasse de um local muito trendy, onde os jovens artistas se concentram, pela proximidade da Universidade de Belas Artes. E as pessoas, aí costumam passear para absorverem novas ideias, quer seja das montras de lojas, como através do contacto com um ambiente, onde as novas tendências de moda , musica e lifestyle se manifestam liberalmente nas artérias do bairro.

   Após passar pelo Largo do Camões e se ter tido a oportunidade de testemunhar a figura de outro grande escritor, que pelo seu hábito de tomar café na pastelaria A Brasileira, aí ficou imortalizado, fazendo as delicias de quem pára na esplanada para tomar algo ou simplesmente tirar uma foto, num largo normalmente repleto de pessoas e animado por artistas que aí aproveitam para fazer demonstrações das suas capacidades e criações artísticas, segue caminho para o Bairro Alto, dando o mote para um jantar ou plano com amigos, numa área caracterizada pela dinâmica noturna e convívio "fora de horas".

   O 28, desce a colina, desta vez, pela Calçada do Combo, tendo como notoriedade maior a Assembleia da República, onde os governantes e deputados portugueses se reuniam para definir e discutir as estratégias do país. Tendo como destino seguinte a Basílica e jardim da Estrela, o percurso continua através do bairro residencial, tipicamente associado às famílias tradicionais lisboetas, de Campo de Ourique e segue para o Largo dos Prazeres, onde está plantado um importante cemitério que acolhe algumas das figuras mais proeminentes da sociedade portuguesa que residia em Lisboa.

   Por fim, o famoso elétrico 28, famoso por causa do seu trajeto que faz a delícia dos visitantes, mas também de quem nasceu e reside na cidade das sete colinas, termina o seu percurso, mas nem por isso é merecedor de descanso, uma vez que chegando à sua última paragem dá a volta e regressa novamente ao seu ponto inicial - Largo Martim Moniz.

   Posto isto, quem utiliza o tradicional elétrico amarelo (remodelado, com a missão de transportar os cidadãos) ou grená (histórico, utilizado para percursos turísticos, com direito a guia local e explicações sobre os locais mais emblemáticos do trajeto) tem sempre a oportunidade de voltar a percorrer o caminho e deparar-se com novas perspetivas e ângulos diferentes que permitam conceber um ponto de vista sobre a cidade de Lisboa, uma cidade de gente humilde e simpática, de calçada e Tejo, de gaivotas e música, de cheiro e luz, de vida e saudade de um tempo que se esgota.

quinta-feira, 2 de abril de 2020

Sommelier - Vinho tinto "Outrora Clássico", 2013

OUTRORA CLÁSSICO
V Puro, Bairrada, Tinto, 2013
34.00€* *PVP indicado pelo consumidor

Fermentação em lagar e dois anos em barrica. Aroma muito fresco e alegre, fruto vermelho delicado, fumados de grande qualidade, percepção de complexidade e leveza. Belíssima acidez em boca, toque mineral, fruto do tipo groselha, tanino sólido mas polido e saboroso. Muita classe, carácter e presença.


2013 Outrora Baga tinto
Outrora Clássico



Região
Bairrada

Produtor
V Puro

Tipo
Tinto

Ano
2013

Grau
13.0º